
Ribeira da minha vida
por onde agora andarão
meus barcos de ausência e bruma,
com sua tripulação!
Pergunto se estão de volta,
pergunto se ainda se vão.
Ribeira dos meus cuidados,
minha voz é solidão.
Ribeira da minha vida,
por que sinto o coração
morrer-me nestas areias
de antiga recordação?
Hei de ser o mar e o vento,
e a noite, e a constelação,
- ribeira dos meus cuidados! -
e a própria navegação.
Ribeira da minha vida,
hei de mudar de aflição:
não mais despedida ou espera,
mas naufrágio ou salvação.
Cecília Meireles
in:Canções -1956-
Somos alunos do 9ª A da escola Janete Clair de Rôndonia.
ResponderExcluirNós gostamos muito desse poema. Uma de nossas integrantes descreveu seu blog como extremamente lindo.
Parabéns!!!
olá!
ResponderExcluirSomos um grupo de amigos do 9ª A da escola Janete Clair de Rondônia.
Uma de nossas integrantes descreveu seu blog esxtremamente lindo.
Parabéns!!!