
Tal qual me vês,
há séculos em mim:
números, nomes, o lugar dos mundos
e o poder do sem fim.
Inútil perguntar
por palavras que disse:
histórias vãs de circunstância,
coisas de desespero ou meiguice.
(Mísera concessão,
no trajeto que faço:
postal de viagem, endereço efêmero,
álibi para a sombra do meu passo…)
Começo mais além:
onde tudo isso acaba, e é solidão.
Onde se abraçam terra e céu, caladamente,
e nada mais precisa explicação.
Cecília Meireles
in Mar Absoluto
Como é lindo este poema!
ResponderExcluirbeijos
Tem um prêmio pra vc no meu blog! Parabéns pelo seu, é lindo! Bjos
ResponderExcluirObrigada Maria, pela visita! Eu sempre venho aqui no seu cantinho... é um oásis! Bjos e fique com Deus!
ResponderExcluirEstou lendo o livro de Maria José Silveira a mãe da mãe de sua mãe e suas filhas logo início tem esse poema lindo bj
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