25 de fev. de 2014

ACALANTO



Dorme que eu penso.
Cada qual assim navega
pelo seu mar imenso.

Estarás vendo.Eu estou cega.
Nem te vejo nem a mim.
No teu mar, talvez se chega.
Este, não tem fim.

Dorme, que eu penso.
Que eu penso nesse navio
clarividente em que vais.
Mensagens tristes lhe envio
Pensamentos...- nada mais.



Cecília Meireles
In Mar Absoluto e outros poemas


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