Seja bem-vindo. Hoje é
12 de abr. de 2009
Valsa
Fez tanto luar que eu pensei em teus olhos antigos
e nas tuas antigas palavras.
O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos
que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.
Houve uma noite que cintilou sobre o teu rosto
e modelou tua voz entre as algas.
Eu moro, desde então, nas pedras frias que o céu protege
e estudo apenas o ar e as águas.
Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias fora do mundo...
- Os ares fogem, viram-se as água,
mesmo as pedras, com o tempo, mudam.
Cecília Meireles
Viagem, 1.938
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Seja bem-vindo. Hoje é
Maravilhoso, só ela para descrever tão bem as perdas. E ela mostra com leveza que tudo é transitório.Parabéns para os responsáveis do blog.
ResponderExcluirPoema de uma leveza e ao
ResponderExcluirmesmo tempo de tamanha profundidade!
Maravilhoso eu amo as obras dela sempre releio todas elas, e sem palavras para essa.
ExcluirMais do que nunca, Cecília nos passa a ideia de uma realidade plástica, que em pouco tempo se desfaz, restando-nos a eternidade de um poema!
ResponderExcluirPoema que me acompanha desde que me lembro .Tirou de dentro de mim .
ResponderExcluirMaravilhoso eu amo as obras dela sempre estou lendo, e sem palavras para essa.
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