A Norman FraserVela o teu rosto formosa,
que eu sou um homem do mar.
Que há de fazer de uma rosa,
quem vive de navegar?
-se qualquer vento a desfolha,
qualquer sol a faz secar,
se o deus dos mares não olha,
por quem se distrai a amar?
Pela grande água perdida,
anda a barca sem amor,
Cada qual tem sua vida,
uns, de deserto, uns, de flor.
Vela o teu rosto, formosa
que eu sou um homem do mar.
Poupa ao teu cetim de rosa,
o sal que ajudo a formar.
Cecília Meireles
in Mar Absoluto
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