Os homens passam pelas ruas misteriosas...
Ouvi ecoarem na noite
A sua loucura e o seu pavor...
Os homens olharam para dentro
E viram mistérios...
Os homens olharam para fora
E viram mistérios...
E foram pelas ruas misteriosas
Debatendo-se como pensamentos
Presos em círculos negros...
Agosto, 1927
Cecília Meireles
In: Poesia Completa
Dispersos (1918-1964)
Tocante a sensibilidade de Cecília Meireles.
ResponderExcluirGosto muito da delicadeza da sua poesia.
Obrigada!
L.B.
Natal...
ResponderExcluirÉ o mês de confraternização Agradecimento pela vida
Bênçãos ao filho de DEUS
União, amor, reflexão!
Que o bom velhinho traga um saco cheinho de paz,
harmonia, fraternidade
Que o gesto de ternura se estenda de várias mãos
Que ao som dos sinos
O amor exploda em toda direção!
FELIZ NATAL!
UM ANO NOVO DE FÉ E SUCESSO!
Tal me fez Pessoa.
ResponderExcluirÉ talvez o último dia da minha vida,
Tida e sorvida de um único fôlego,
É tal-e-qual ver no escuro, a vereda,
Por e onde vou, e no quando, cá chego,
Já, e de noite; eu relembro o dia,
- Por ser o último - nem é tristo, nem contento,
Dele que, de fugidia f’rida, invadia,
Não tanto a carne, mais o espírito.
E nem estrebucho, s’esse Tal me fez Pessoa,
Temperado, quanto-baste, até que doa,
Aí, no suspiro do ultimo ai m’apego.
É ,talvez a mim que vim mentindo, por último,
Em fim de dia; daqueles que mais lastimo,
Se até no dizer, de resto sou Ingrato.
Joel Matos
Publicada por Jorge Manuel Mendes dos Santos