Seja bem-vindo. Hoje é
20 de jan. de 2010
Luar póstumo
Numa noite de lua escreverei palavras,
simples palavras tão certas
que hão de voar para longe, com asas súbitas,
e pousar nessas torres das mudas vidas inquietas.
O luar que esteve nos meus olhos, uma noite,
nascerá de novo no mundo.
Outra vez brilhará, livre de nuvens e telhados,
livre de pálpebras, e num país sem muros.
Por esse luar formado em minhas mãos, e eterno,
é doce caminhar, viver o que se vive.
Porque a noite é tão grande... Ah, quem faz tanta noite?
E estar próximo é tão impossível!
Cecília Meireles
In: Poesia Completa
Dispersos (1918-1964)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seja bem-vindo. Hoje é
Maravilhoso poema!
ResponderExcluirUm ótimo fim de semana para você Madalena
beijo
Gosteo do poema e também da foto, un mundo azul, a cor do romântico. cumprimentos!!!
ResponderExcluir