
Amor, ventura,
não tenho.
Mas dor obscura
e tempo.
Deus encoberto
não vejo,
mas perto e certo
o entendo.
Viver, não vivo:
contemplo
meu sonho ativo
e isento.
Que mundo existe,
suspenso,
depois de um triste
degredo?
Não quero o acaso!
E penso:
lavra o meu prazo
que vento?
Cecília Meireles
In: Canções
Linda recordação. Adoro este poema da saudosa Cecília.
ResponderExcluirUm presente para nós.
Bjs
Luiza