13 de jun. de 2011

Amor, ventura,...


Amor, ventura,
não tenho.
Mas dor obscura
e tempo.


Deus encoberto
não vejo,
mas perto e certo
o entendo.


Viver, não vivo:
contemplo
meu sonho ativo
e isento.


Que mundo existe,
suspenso,
depois de um triste
degredo?


Não quero o acaso!
E penso:
lavra o meu prazo
que vento?



Cecília Meireles
In: Canções

Um comentário:

  1. Linda recordação. Adoro este poema da saudosa Cecília.

    Um presente para nós.

    Bjs
    Luiza

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