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12 de nov. de 2009
Na grande noite tristonha
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
- Na grande noite tristonha...
Lembram planícies desertas
De uma paisagem do Norte,
As perspectivas abertas
No mundo da minha sorte...
- Lembram planícies desertas...
Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
- Ao longe, distancias ermas...
Em tudo quanto se abarca
Há ligeirezas enfermas
De luas da Dinamarca...
- Ao longe, distancias ermas...
E sob olhares em pranto
De estrelas alucinadas,
Vais – coroa, cetro e manto,
Ó Rei das minhas baladas!
- E sob olhares em pranto...
......................................................
Na grande noite tristonha,
Meu pensamento parado
Tem quietudes de cegonha
Numa beira de telhado.
- Na grande noite tristonha...
E eu sonho o meu sonho oculto
De ave triste – que não voa,
Detida a ver o teu vulto
De cetro, manto e coroa...
- Eu sonho o meu sonho oculto...
Cecília Meireles
In: Baladas para El-Rei (1925)
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