18 de mai. de 2009


Ribeira da minha vida
por onde agora andarão
meus barcos de ausência e bruma,
com sua tripulação!

Pergunto se estão de volta,
pergunto se ainda se vão.
Ribeira dos meus cuidados,
minha voz é solidão.

Ribeira da minha vida,
por que sinto o coração
morrer-me nestas areias
de antiga recordação?

Hei de ser o mar e o vento,
e a noite, e a constelação,
- ribeira dos meus cuidados! -
e a própria navegação.

Ribeira da minha vida,
hei de mudar de aflição:
não mais despedida ou espera,
mas naufrágio ou salvação.

Cecília Meireles
in:Canções -1956-

2 comentários:

  1. Somos alunos do 9ª A da escola Janete Clair de Rôndonia.
    Nós gostamos muito desse poema. Uma de nossas integrantes descreveu seu blog como extremamente lindo.
    Parabéns!!!

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  2. olá!
    Somos um grupo de amigos do 9ª A da escola Janete Clair de Rondônia.
    Uma de nossas integrantes descreveu seu blog esxtremamente lindo.
    Parabéns!!!

    ResponderExcluir

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